quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Viagem aos EUA

Continuando a viagem pra Vermont:

Saí de Montreal na sexta-feira, dia 24, às 10:45 da manhã. Já tinha comprado a passagem de ônibus, e fui para a estação. Aqui viagens de ônibus são engraçadas (pelo menos na empresa pela qual viajei, a Greyhound): você compra a passagem, mas não escolhe o horário no qual deseja viajar. Por exemplo, para ir pra Burlington, VT, existem 4 horários diários. Você tem que chegar 1 hora antes de cada horário e formar uma fila. Quem for chegando primeiro, vai pegando lugar. Se tiver muita gente, as pessoas que chegaram depois ficam de fora! Bem estranho, né?

Já contei como foi a ceia no post anterior!

Havíamos decidido ir para Rutland, VT, onde fizemos nosso Work Experience em 2008/2009. Então, na segunda-feira, acordamos cedo e alugamos um carro. Estava ventando um pouquinho, mas não ligamos muito pra isso. Não tínhamos visto o jornal, então não sabíamos que se tratava de uma ventania de tempestade de neve no nordeste norte-americano.

Pegamos o carro e no meio da estrada percebemos que seria um pouco complicado dirigir. Mas fui dirigindo bem devagar, e a viagem acabou sendo tranquila. Chegamos no nosso destino final bem, e deu tudo certo na volta (a tempestada já tinha acabado).

Chegando em Rutland, fomos visitando os lugares que tanto marcaram nossa viagem: a Woodstock Avenue, o Rodeway Inn, a galeria onde fica o Wal-Mart, a TJ Maxx, o cinema, o Price Chopper, e almoçamos num restaurante chinês com buffet por 7 dólares. Sempre íamos lá quando morávamos em Rutland. Foi muito bom pra matar saudades!

Depois paramos no Rodeway Inn, hotel onde as meninas moraram, e encontramos o Dee, gerente de lá. As meninas mataram as saudades, conversamos com ele, e ele acabou nos convencendo de passarmos a noite lá no hotel.

Depois disso fomos pra Killington, rever a montanha. Chegamos no Snowshed Lodge, e foi tudo muito nostálgico. Nada mudou por lá, mas ainda parece tão diferente... Ficava olhando pros lados e lembrando dos almoços que fizemos por lá; dos momentos que parávamos de fazer snow para descansar ali dentro... e eu sempre procurava algum rosto conhecido, mas não vi ninguém. No Snowshed encontramos a Nikki, esposa do Dee, trabalhando por lá. Conversamos com ela e também matamos saudade.

De lá descemos e fomos para o Mountain Sports Inn, onde eu morei. Não tinha avisado ao Bob que chegaria lá. Queria fazer uma surpresa. Mas conforme as leis de Murphy prevêem, ele não estava lá. Liguei pra ele, falei que estava no hotel, e ele disse que chegaria lá em uns 40 minutos. Enquanto isso, mostrei o lugar para as meninas, e conversamos com os brasileiros que estão trabalhando e morando lá este ano. Dois caras de Juiz de Fora, bem legais!

Logo depois o Bob chegou, e foi muito legal reencontrá-lo. Sentamos e conversamos sobre os velhos tempos, e ele também não mudou nadinha! Aliás, nada no hotel mudou! Ficamos lá até mais tarde, conversando e colocando o papo em dia... Depois me despedi do Bob e descemos para Rutland.

Chegando lá, o Dee foi comprar arroz, feijão e frango para cozinhar para a gente! Antigamente, quando mais ou menos uns 40 brasileiros moravam no hotel (em 2008/2009), ele fazia isso toda semana! A Nikki cozinhou, o Dee chamou os brasileiros que estão morando no hotel este ano, e fizemos uma festinha! Foi ótimo!

De lá fomos para o Charity's, para a famosa International Party que acontece toda segunda-feira! Antigamente eu era menor de idade, então ficava com um X marcado na mão, pra que os bartenders não vendessem bebida pra mim! Desse vez entrei lá e recebi uma pulseirinha e outra marcação na mão. Agora podia beber à vontade!

Foi ótimo estar naquele lugar de novo, com o mesmo clima de festa, as mesmas músicas tocando (aqueles funks de 2002, sabe?), mas infelizmente as pessoas não eram as mesmas. Faltaram o Pedro, o Daniel, a galera do Rodeway, até os chilenos que moravam comigo! Mas no final das contas foi ótimo voltar àquele lugar, relembrar e revivenciar todas as experiências que tive por lá!

No dia seguinte voltamos para Burlington, e eu voltei para Montreal. Voltei à minha vida francesa/inglesa :D

É isso! Mais novidades, volto a escrever.

Kiko.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Aparentemente tenho feito muita coisa, por isso não posto aqui. Mas vou parar uns minutos pra contar como estão as coisas por aqui!

As aulas de francês estão bem interessantes, e a escola é muito boa! Alunos de várias partes do mundo (e muitos asiáticos nesse bolo), então eu falo bastante inglês, além do francês. Tenho saído com 2 brasileiros, a Julia e o Paulo, que estão em Montreal desde Agosto! Eles estão me mostrando a cidade, os lugares bons pra sair, beber, conhecer gente...

Minha rotina diária tem sido: Acordo às 8:00, tomo café da manhã (torrada e waffle com geléia e mapple syrup), e vou pro ponto de ônibus. Pego o ônibus (e às vezes espero bastante tempo no ponto, se ele atrasa), salto na estação e pego um metrô até a estação Guy-Concordia - que é uma das faculdades de Montreal. Chego na escola sempre uns 10 minutinhos atrasado, mas ah, faz parte! :D
Tenho aula de 9:00 às 10:50, e um intervalo de 30 minutos. Nesse intervalo geralmente como uma fruta ou um cookie, pra não ficar com muita fome na hora do almoço. Às 11:20 volto pra aula, e tenho aula até às 13:10. Saio para almoçar ali na escola mesmo (que localiza-se num prédio como um shopping, então tem uma praça de alimentação). Normalmente, pra não gastar dinheiro, como um pedaço de pizza! Super barato e me deixa satisfeito! Fico conversando com a galera e às 14:10 volto pra aula até às 15:20. Saio da escola e vou pra casa. De novo metrô-ônibus, e em 30 minutinhos tô em casa!

Chego, entro na internet, dou uma enrolada, e o jantar sai às 18:30. Já falei que a comida é deliciosa, né? Anabelle e Michel cozinham muito bem, e sempre comidas saudáveis, nada daquela típica alimentação norte-americana (hamburgueres e gordura). Tenho comido bem - às vezes até bem demais! Tenho medo de engordar um pouco. Espero que não!

Quando saio à noite, o faço depois do jantar, pra não ter que comer na rua e gastar dinheiro. No Canadá não existe dollar menu no McDonald's, então comer na rua acaba sendo caro. O jeito é sempre comer um pedaço de pizza, que é bom e barato!

As bebidas também não são baratas: normalmente, um copo de cerveja custa $4,50. No início ficava receoso em beber, por ser tão caro. Afinal, fazendo a conversão pra reais, um copo (grande) de cerveja custaria quase R$9,00. Mas seguindo o lema já tão difundido entre os intercambistas ("quem converte não se diverte"), resolvi aproveitar os bares e não me preocupar com isso. Mas sem exageros, obviamente. Além do mais, economizo durante a semana e deixo pra gastar no fim-de-semana.

Na semana do dia 27-31 de dezembro, não terei aula na escola. Temos, portanto, a semana de feriados livre, e por isso combinei de passar natal nos EUA com umas amigas minhas que fizeram Work Experience comigo em 2008 (e agora em 2010 decidiram voltar para Vermont, porém em outra cidade).

O único problema era que precisava trocar os meus cheques em dóllar para ter dinheiro para viajar. Fui em 3 bancos, e 2 deles disseram que demoraria 21 dias para conseguirem trocar. Um terceiro trocaria na hora, mas eu teria que abrir uma conta lá. Abri, foi super fácil, e troquei os cheques.

(Esses cheques são os que recebi como restituição das taxas que paguei durante o meu período de trabalho nos EUA. Por não ser cidadão norte-americano, eu não precisava pagar esses impostos - algo como imposto de renda etc - e por causa disso, recebi esse valores no meio do ano, em cheques, no Brasil).

Com o dinheiro em mãos, peguei o ônibus e vim para Burlington, VT. A viagem foi super rápida, o ônibus confortável, e tive que passar pela imigração dos EUA na fronteira. Mas foi super tranquilo, e cheguei bem.

Chegando aqui, encontrei as meninas. Fizemos um super jantar de Natal, com peru feito no microondas. E digo pra vocês: ficou MUITO bom mesmo! Peru, batatas, brocólis com queijo, e penne ao molho gorgonzola. DELÍCIA!

As meninas trabalham num restaurante brasileiro chamado "Souza's". Mas o dono não é do Brasil, então as coisas não são tããão brasileiras, mas resolvi experimentar hoje. Até que estava bom! Comi arroz com feijão, tomei suco de caju, comi um churrasco fajuto, e pudim!

Na volta de lá, parei na TJ Maxx. TJ Maxx, pra quem não sabe, é o paraíso do consumo na Terra, onde as roupas são MUITO baratas. Algumas camisetas de marca chegam a custas $10,00! Comprei algumas coisinhas pra mim, nada demais... Mas não se entra nessa loja sempre comprar algo. É até um sacrilégio! HAHAHA.

Bom, por enquanto é isso. Amanhã, se Deus quiser, vou para Killington, rever o Bob e o pessoal que trabalha no Mountain Sports Inn. Vai ser tão bom chegar naquela cidade e rever todos aquelas lugares com outros olhos... Rever as pessoas que marcaram minha viagem de 2008/2009 2 anos depois! Espero que dê tudo certo. Eu pretendia fazer snowboard por lá, mas não deu certo (muito caro, e vou ter pouco tempo por lá). Mas vai ser bom só de visitar o Bob e comer no Wendy's. Aliás, não avisei a eles que irei, então vai ser surpresa! :D

Acho que é isso. Quando tiver tempo volto a escrever e conto como foi a visita! Coloquei fotos no meu Orkut! Vejam lá!

Beijos,
Kiko.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Maratona nos EUA

Finalmente, estou em casa! Depois de muitos problemas nos EUA, cheguei são e salvo em Montreal.

Vou então recapitular minha viagem: saí de Vitórias às 16:30 do sábado (11), cheguei em São Paulo e esperei meu vôo para Miami. Comprei um cartão de acesso à internet, e conversei com o pessoal. Meu laptop tem sido bem útil, apesar do estado já meio acabadinho.

Embarquei para Miami num American Airlines, classe econômica. Quem viajou sabe bem como é: cadeiras pequenas, com pouco espaço para as pernas, extremamente desconfortáveis. Se consegui dormir por 2 horas seguidas, foi muito. Tirava pequenos cochilos, tentando relaxar e descansar. Mas foi difícil. O bom desses vôos é que eles têm alguns filmes e/ou séries para a gente assistir. Comecei a ver 'Comer Rezar Amar' mas apaguei no meio! Mas estava bem legal!

Chegando em Miami, passei pela imigração. A fila estava ENORME, e fiquei bem preocupado, porque tinha uma conexão para Chicago, e não podia perdê-la. No final das contas, após algumas mudanças de fila, passei tranquilamente por eles e entrei nos EUA. I'M IN, BITCHES!

Corri para pegar o próximo vôo, mas não sem antes comer alguma coisa. E para matar as saudades de Vermont (mais especificamente da comida do Mountain Sports Inn), comi um Danish muffin de berries, com hot chocolate. YUMMI.

Embarquei para Chicago todo contente, mas o vôo atrasou BASTANTE. Ficamos dentro do avião parados por quase 1 hora, sem fazer nada. Conversei com um cara super simpático, que mora em Chicago mas é porto riquenho. No final das contas cheguei em Chicago bem, após alguma demora por causa do tempo, que estava bem ruim por lá.

E aí o meu problema começou. Imediatamente após desembarcar, consultei meu próximo vôo (para Montreal) e lá estava o aviso: "Cancelled". Pensei: 'fudeu!'. Mas não só o meu vôo, como os de várias outras pessoas foram cancelados. Inclusive muitos brasileiros que foram fazer Work Experience (e só via no aeroporto aquelas mochilas da IE andando de um lado pro outro). Corremos para remarcar nossa passagem, e só consegui um lugar pra o dia seguinte (segunda-feira), às 07:20 (e naquele momento eram 09:00 de domingo. Ou seja: teria que passar a noite em Chicago.)

Minha preocupação era: e a minha mala despachada? Como o vôo havia sido cancelado, ela estaria disponível para que eu a pegasse? Só sei que precisava verificar, e as esteiras de bagagem eram fora da área segura do aeroporto (área que você entra depois do check-in), então tive que sair. Acontece que a minha mala não estava lá, e foi deixado um bilhete pela American Airlines de que ela seria enviada no próximo vôo para o destino final no cliente. 'Tudo bem', pensei. 'Pego em Montreal, amanhã. Tenho comigo meu casaco, meu laptop, passaporte e dinheiro. E só preciso disso'. E de fato, na teoria, não havia motivo para preocupação. Mas eu estava sozinho. Completamente. E pronto. Veio aquele desespero. Não sabia o que fazer: não podia voltar para a área segura (onde havia comida, pessoas etc), mas não sabia para onde ir, onde passar a noite, não conhecia ninguém, e os americanos não podiam me ajudar. E o pior: eu estava imundo, sem tomar banho havia 24 horas, agoniado com isso e com o fato de não ter escovado os dentes.

Após muito andar pelo aeroporto (e ter comprado acesso à internet wifi), encontrei brasileiros: o Gustavo e a Luisa, que vieram fazer Work em Lake Tahoe. Grudei neles e íamos passar por perrengues juntos!

Eles estavam sem a mala (e o Gustavo não tinha casaco pesado), e o vôo deles só pôde ser remarcado para terça-feira(!). Decidimos que o melhor a fazer era reservar um hotel para passar a noite, e assim o fizemos. Liguei pra um hotel barato (US$60,00 a noite, pelo quarto), e o reservei. Eles têm uma van que buscam e levam os hóspedes no aeroporto, então isso ajudou muito.

Acontece que quando chamamos a van, o Gustavo e a Luisa, que estavam esperando a mala deles, receberam a notícia de que a receberiam logo. Assim, decidiram esperar mais tempo, e eu fui para o hotel na frente.

Chegando lá, era bem vagabundo, mas ainda assim arrumadinho. A wifi e a tv não estavam funcionando (algo a ver com o tempo ruim), então eu estava completamente isolado num lugar que não conhecia. 'Mas calma', pensei. 'Estou do lado de um McDonalds. Ainda há esperança!'. E o hotel era exatamente do lado desse paraíso vermelho e amarelo, então tomei um banho, sacudi a poeira, peguei meus dólares, e fui comer um dollar menu. DOLLAR MENU, EU AMO VOCÊ. É lindo como você pode comer bem com apenas 3 dólares. 'I'll have 2 McChickens and a small coke', eu disse. Tinha wifi no paraíso do Ronald, então acessei o Twitter de lá! Comi, acalmei, vi gente, vi neve, e voltei pro quarto. Deitei um pouco esperando o Gustavo e a Luisa, e quando já estava ficando preocupado, eles chegaram. Não conseguiram a mala, mas pelo menos remarcaram o vôo para segunda-feira, e não mais para terça.

Dormimos bem, acordei e fui para o aeroporto. Me despedi dos 2 e espero encontrá-los por aí! Fiz meu check-in, lanchei, o vôo atrasou um pouco, mas cheguei bem em Montreal. Peguei um táxi e vim pra casa, todo feliz. Montreal está branquinha, e nevou o dia todo hoje!

Fui recebido pela Anabelle, minha anfitriã, e ela me mostrou meu quarto, minhas coisas. Adorei tudo, almocei, ela me levou pra conhecer as redondezas, comprei meu passe de ônibus e metrô, e agora é só esperar pra ir pra aula!

Mais tarde o Michel chegou em casa do trabalho, e o conheci. Os 2 são muito bons, me trataram muito bem e foram simpáticos. O Michel cozinhou um frango delicioso, e jantei com eles. Conversamos (em francês e em inglês - a Anabelle só fala comigo em francês), e agora estou aqui, vendo tv e descansando. Mais tarde vou assistir ao jogo de futebol americano com eles.

Acho que por enquanto é só... Mais novidades, volto a atualizar.

Beijos para todos,

Kiko.

sábado, 11 de dezembro de 2010

On my way to Montreal

No momento, estou no aeroporto de Guarulhos, esperando pra pegar meu vôo pra Miami. De lá, vou pra Chicago, e de Chicago finalmente para Montreal. Mais de 24 horas viajando, mas no final vale a pena o cansaço.

Vou voltar a atualizar o blog, contando as novidades... 3 meses passam super rápido! 94 dias, segundo me disseram! :P

É isso aí, pessoal...
Aguardem notícias! Vou mandar news também pelo Facebook e Twitter!

Bises,
Chico.

sábado, 6 de março de 2010

Montreal =)

Pois é... pelo jeito vai rolar Montreal mesmo!
Três meses estudando francês, numa rotina totalmente diferente daquela que tive em Vermont. O bom é que vou estar ali pertinho de Killington, a algumas horas só... Se a grana der, vou dar um pulo nos EUA e visitar meus velhos amigos do Mountain Sports Inn, rever aquele lugar que tanto me marcou... Desde de a montanha, os lifts, até o Wal Mart e o Rodeway Inn em Rutland...

Mas agora sem mais saudosismos! Montreal, Quebec. Je vais parler français, mes amies!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Novo destino?

Tenho pensado em viajar de novo este ano. Pensado não: já decidi que vou. Mas para onde, e que tipo de programa?
Penso em Work Experience de novo, mas não sei para onde iria... Killington de novo? Foi muito bom e tudo mais, mas acho que já deu.
Aí surge a idéia de fazer um curso de francês em Montreal... Mas seriam só 2 meses. Ainda assim, é uma idéia interessante.

Só sei que por agora estou só decidindo o que fazer. Pesquisando opções, preços... Mas daqui alguns vários meses este blog vai ter comentários novos! Se Deus quiser! =)

sábado, 24 de outubro de 2009

Só pra não deixar o blog morrer.
Saudade Saudade Saudade