segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Maratona nos EUA

Finalmente, estou em casa! Depois de muitos problemas nos EUA, cheguei são e salvo em Montreal.

Vou então recapitular minha viagem: saí de Vitórias às 16:30 do sábado (11), cheguei em São Paulo e esperei meu vôo para Miami. Comprei um cartão de acesso à internet, e conversei com o pessoal. Meu laptop tem sido bem útil, apesar do estado já meio acabadinho.

Embarquei para Miami num American Airlines, classe econômica. Quem viajou sabe bem como é: cadeiras pequenas, com pouco espaço para as pernas, extremamente desconfortáveis. Se consegui dormir por 2 horas seguidas, foi muito. Tirava pequenos cochilos, tentando relaxar e descansar. Mas foi difícil. O bom desses vôos é que eles têm alguns filmes e/ou séries para a gente assistir. Comecei a ver 'Comer Rezar Amar' mas apaguei no meio! Mas estava bem legal!

Chegando em Miami, passei pela imigração. A fila estava ENORME, e fiquei bem preocupado, porque tinha uma conexão para Chicago, e não podia perdê-la. No final das contas, após algumas mudanças de fila, passei tranquilamente por eles e entrei nos EUA. I'M IN, BITCHES!

Corri para pegar o próximo vôo, mas não sem antes comer alguma coisa. E para matar as saudades de Vermont (mais especificamente da comida do Mountain Sports Inn), comi um Danish muffin de berries, com hot chocolate. YUMMI.

Embarquei para Chicago todo contente, mas o vôo atrasou BASTANTE. Ficamos dentro do avião parados por quase 1 hora, sem fazer nada. Conversei com um cara super simpático, que mora em Chicago mas é porto riquenho. No final das contas cheguei em Chicago bem, após alguma demora por causa do tempo, que estava bem ruim por lá.

E aí o meu problema começou. Imediatamente após desembarcar, consultei meu próximo vôo (para Montreal) e lá estava o aviso: "Cancelled". Pensei: 'fudeu!'. Mas não só o meu vôo, como os de várias outras pessoas foram cancelados. Inclusive muitos brasileiros que foram fazer Work Experience (e só via no aeroporto aquelas mochilas da IE andando de um lado pro outro). Corremos para remarcar nossa passagem, e só consegui um lugar pra o dia seguinte (segunda-feira), às 07:20 (e naquele momento eram 09:00 de domingo. Ou seja: teria que passar a noite em Chicago.)

Minha preocupação era: e a minha mala despachada? Como o vôo havia sido cancelado, ela estaria disponível para que eu a pegasse? Só sei que precisava verificar, e as esteiras de bagagem eram fora da área segura do aeroporto (área que você entra depois do check-in), então tive que sair. Acontece que a minha mala não estava lá, e foi deixado um bilhete pela American Airlines de que ela seria enviada no próximo vôo para o destino final no cliente. 'Tudo bem', pensei. 'Pego em Montreal, amanhã. Tenho comigo meu casaco, meu laptop, passaporte e dinheiro. E só preciso disso'. E de fato, na teoria, não havia motivo para preocupação. Mas eu estava sozinho. Completamente. E pronto. Veio aquele desespero. Não sabia o que fazer: não podia voltar para a área segura (onde havia comida, pessoas etc), mas não sabia para onde ir, onde passar a noite, não conhecia ninguém, e os americanos não podiam me ajudar. E o pior: eu estava imundo, sem tomar banho havia 24 horas, agoniado com isso e com o fato de não ter escovado os dentes.

Após muito andar pelo aeroporto (e ter comprado acesso à internet wifi), encontrei brasileiros: o Gustavo e a Luisa, que vieram fazer Work em Lake Tahoe. Grudei neles e íamos passar por perrengues juntos!

Eles estavam sem a mala (e o Gustavo não tinha casaco pesado), e o vôo deles só pôde ser remarcado para terça-feira(!). Decidimos que o melhor a fazer era reservar um hotel para passar a noite, e assim o fizemos. Liguei pra um hotel barato (US$60,00 a noite, pelo quarto), e o reservei. Eles têm uma van que buscam e levam os hóspedes no aeroporto, então isso ajudou muito.

Acontece que quando chamamos a van, o Gustavo e a Luisa, que estavam esperando a mala deles, receberam a notícia de que a receberiam logo. Assim, decidiram esperar mais tempo, e eu fui para o hotel na frente.

Chegando lá, era bem vagabundo, mas ainda assim arrumadinho. A wifi e a tv não estavam funcionando (algo a ver com o tempo ruim), então eu estava completamente isolado num lugar que não conhecia. 'Mas calma', pensei. 'Estou do lado de um McDonalds. Ainda há esperança!'. E o hotel era exatamente do lado desse paraíso vermelho e amarelo, então tomei um banho, sacudi a poeira, peguei meus dólares, e fui comer um dollar menu. DOLLAR MENU, EU AMO VOCÊ. É lindo como você pode comer bem com apenas 3 dólares. 'I'll have 2 McChickens and a small coke', eu disse. Tinha wifi no paraíso do Ronald, então acessei o Twitter de lá! Comi, acalmei, vi gente, vi neve, e voltei pro quarto. Deitei um pouco esperando o Gustavo e a Luisa, e quando já estava ficando preocupado, eles chegaram. Não conseguiram a mala, mas pelo menos remarcaram o vôo para segunda-feira, e não mais para terça.

Dormimos bem, acordei e fui para o aeroporto. Me despedi dos 2 e espero encontrá-los por aí! Fiz meu check-in, lanchei, o vôo atrasou um pouco, mas cheguei bem em Montreal. Peguei um táxi e vim pra casa, todo feliz. Montreal está branquinha, e nevou o dia todo hoje!

Fui recebido pela Anabelle, minha anfitriã, e ela me mostrou meu quarto, minhas coisas. Adorei tudo, almocei, ela me levou pra conhecer as redondezas, comprei meu passe de ônibus e metrô, e agora é só esperar pra ir pra aula!

Mais tarde o Michel chegou em casa do trabalho, e o conheci. Os 2 são muito bons, me trataram muito bem e foram simpáticos. O Michel cozinhou um frango delicioso, e jantei com eles. Conversamos (em francês e em inglês - a Anabelle só fala comigo em francês), e agora estou aqui, vendo tv e descansando. Mais tarde vou assistir ao jogo de futebol americano com eles.

Acho que por enquanto é só... Mais novidades, volto a atualizar.

Beijos para todos,

Kiko.

Um comentário:

Unknown disse...

que maratona hein Chicão? Mas tem que ser assim pra ter o que contar. aproveita bem muito aii!! beijão